Rafael Moura e Sóbis com algo em comum no time do Fluminense

Além do nome, Sóbis e Moura têm algo em comum: a necessidade de mostrar para todo mundo o merecimento de estar no Fluminense. Sempre à prova, ambos ainda pedem apoio à torcida, imprensa e comissão técnica para continuarem de pé. Mesmo tendo feito gols importantes em algum momento, eles jamais se livraram do estigma de reserva.

O discurso é o mesmo, mas o cabelo... Com um corte mais curto, o He-Man jura que não perdeu a força. Ensaia uma entrevista previsível, na qual diria as palavras de praxe. Mas foi surpreendido pela emoção ao explicar como a morte de uma tia, poucos momentos antes da partida do Fluminense com o Boca Juniors, mudou a sua forma de jogar e pensar.

— Não é o cabelo ou a aparência física que interfere... Perder alguém, isto, sim, é um baita problema. Era uma tia muito ligada ao futebol, torcedora fanática do Atlético-MG, irmã da minha mãe. Morreu no dia do jogo com o Boca. E o meu pai e a minha mão não puderam estar do lado dela, porque foram à Argentina — disse Rafael Moura, que vai entrar no lugar de Fred amanhã, contra o Madureira, no jogo que ele espera ser o da virada:

— A minha família ainda está muito triste e quero fazer um gol para dedicar a eles. Acho até que esta ansiedade de fazer um gol para a minha família está atrapalhando. No mais, o discurso é o mesmo, tentar ajudar, suprir ausência, etc, etc, etc...

Longe da unanimidade

Foi de Moura o gol da última vitória do Fluminense sobre o Madureira, em 2011. E de Rafael Sóbis o da última, e sofrida, vitória do Fluminense, no 1 a 0 contra o Zamora-VEN. Mesmo assim, Moura acredita que ele e seu homônimo não são unanimidades no clube.

— Até bem pouco tempo atrás, não éramos colocados à prova. Algo mudou. Conto com a ajuda de vocês (imprensa), porque são formadores de opinião e a reação da torcida é imediata. Eu e Rafa somos questionados de maneira diferente dos outros — disse Moura.

A reação da torcida é ainda mais imediata em campo. Ao substituir o suspenso Wellington Nem, melhor jogador tricolor no momento, Rafael Sóbis percebe que está suscetível a aplausos e vaias.

— É mais um jogo e, para mim, não muda nada. Minha forma de pensar segue a mesma, seja como titular ou como reserva. Quem joga, quer se manter. Quem não jogar, quer mostrar que tem valor — declarou Rafael Sóbis.

Além das críticas aos atacantes reservas, Sóbis ainda se espanta com as cobranças ao time como um todo, seja A ou B. Mesmo classificado com duas rodadas de antecedência para as oitavas de final da Libertadores, e campeão da Taça Guanabara, o Fluminense não encanta o seu torcedor:

— Apesar das críticas, estamos bem desde o ano passado e, para isto, serve um grupo. Ainda temos chance de classificação e vamos buscar.

Fonte: D24Am

Postar um comentário

1 Comentários

  1. ler às vezes ajuda agente a se por no lugar dos outros.....

    ResponderExcluir