Um olho no peixe, outro no bacalhau: Flu não abre mão de ''força máxima''

O Fluminense vive um momento de cautela na temporada. Precaução porque no Campeonato Brasileiro, apesar da remota possibilidade de rebaixamento, os jogadores querem conquistar pontos para afastar de vez esse perigo. Na Copa do Brasil, o Tricolor tem a chance de salvar o ano de 2015. Um passo foi dado, quando venceu na quarta-feira a primeira batalha da semifinal, contra o Palmeiras. A sequência agora e a simultaneidade de duas competições, exigem olhar mais aguçado do treinador. Surge a pergunta: Eduardo Baptista vai ou não poupar jogadores contra o Atlético-PR, sábado, no Maracanã?

(Foto: André Durão)
A resposta, no que depender do treinador, é não. Um desfalque é certo: Fred não tem graves lesões no joelho e tornozelo, mas fará tratamento intensivo para poder jogar na próxima quarta-feira, em São Paulo, no duelo de volta contra o Palmeiras. Wellington Paulista e Magno Alves são os mais cotados para a vaga. Eduardo espera contar com os demais titulares, mas avisou que, se necessitar, tem substitutos à altura.

(Foto: André Durão)
- Vamos com força máxima. Precisamos ganhar, temos esse objetivo de pontuar. Claro que foi um jogo pesado, tenso contra o Palmeiras, mas eu espero contar com todos. O Atlético-PR também jogou hoje, ganhou de 1 a 0. O jogador que não estiver 100%, temos substituto à altura. Temos que ponderar para não correr o risco de perdermos jogadores. Quando você trabalha olhando o elenco e não só o time, ganha opções - explicou Eduardo. 

O ditado "um olho no peixe, outro no gato" serve para o comandante tricolor nesse momento. Depois do Atlético-PR e do Palmeiras, tem o clássico com o Vasco, marcado pela rivalidade das duas equipes e pela situação alarmante do rival carioca na tabela. O Tricolor foi derrotado no primeiro turno do Brasileirão e também no Carioca. 

Antes do jogo contra o Cruzeiro, no último domingo, havia o questionamento por parte dos torcedores se poupar os jogadores era melhor ou não para enfrentar o Palmeiras. Eduardo, há pouco mais de um mês no cargo, acredita que a repetição da escalação seja necessária. Ele já falou isso algumas vezes. Titular absoluto, Gustavo Scarpa lembrou a necessidade de ganhar alguns pontos no Campeonato Brasileiro. 

- Estamos na semifinal da Copa do Brasil, mas vivemos uma situação delicada no Campeonato Brasileiro. Precisamos vencer logo umas duas partidas para afastar logo esse fantasma de rebaixamento. Estamos aqui para o que precisar. Se o professor achar que tem que poupar ou não, vamos entender - disse Scarpa. 

Aqueles que precisam de ritmo

Há também aqueles que, mesmo com a condição de titular no jogo contra o Palmeiras, ainda precisam readquirir ritmo de jogo, como é o caso de Wellington Silva, Breno Lopes e Vinícius. O lateral-direito se recuperou de uma lesão muscular e retornou justamente na partida de quarta. Teve que ser substituído na etapa final por Higor Leite. Breno Lopes ficou um longo período parado após fratura no nariz, voltou a treinar e agora está à disposição. Oscilou: enfrentou o São Paulo, não jogou contra o Cruzeiro e também esteve em campo contra o Palmeiras.

(Foto: André Durão)
Destes, Vinícius é o caso mais comentado entre os torcedores. Depois de se recuperar da lesão no pé e ficar sem ser relacionado por Eduardo Baptista, o meia ganhou a vaga de Gerson, que ficou no banco de reservas. O próprio diz que se for escalado contra o Atlético-PR ficará feliz.

- Falo por mim. Saí desgastado contra o Palmeiras, mas preciso de sequência de jogos. Se ele me escalar, vou feliz. Claro que tem outros que estão em uma sequência e vamos ver o que será melhor para o Fluminense. O Eduardo saberá a melhor escalação para sábado - afirmou na coletiva de quinta-feira.

Sábado, às 17h (de Brasília), o Tricolor, na 12ª colocação, com 40 pontos, recebe o Atlético-PR no Maracanã, pela 32ª rodada. Até o fim da temporada, são 10 jogos. Sete pelo Campeonato Brasileiro e três pela Copa do Brasil. Isso se o Flu passar do Palmeiras e enfrentar o Santos na final. Por isso, um olho em cada lugar: no Furacão, no porco, no bacalhau, no peixe...

Fonte: Ge
Texto: Fred Huber e Sofia Miranda