Ex-ponta-esquerda, Lula tem sete títulos pelo Fluminense no currículo. Além da conquista do primeiro campeonato brasileiro do clube, em 1970, ele faturou três cariocas (1969/1971/1973) e três Taças Guanabaras (1966/1969/1971). Luís Ribeiro Pinho Neto, o Lula, viveu 19 anos na Arábia Saudita, e depois de alguns anos retornou às Laranjeiras.
– Não venho sempre. Não gosto de aparecer e não vou a programas de televisão. Meu tempo já passou – disse.
Na decisão do Carioca de 1971, o Botafogo tinha a vantagem do empate, quando, aos 43 minutos, Lula marcou o gol do título, numa jogada polêmica. Teria o lateral-esquerdo Marco Antônio empurrado o goleiro alvinegro Ubirajara?
– Muitos disseram que houve falta, mas eu estava olhando a bola. Não vi o lance direito. Só sei que fiz o gol – emenda, de primeira, Lula.
Os anos em que entortava marcadores e fazia muitos gols entraram para a história. Seus feitos foram realizados há décadas. No entanto, a memória do ex-craque, recheada de detalhes, merece os mesmos elogios que recebia de seus admiradores.
– Cheguei ao Fluminense no dia 23 de janeiro de 1965. Vinha de família pobre e pesava 51 quilos. Meu responsável era o Zé de Almeida. Ele foi me buscar no Aeroporto Santos Dumont e passou por mim várias vezes, pois me achou muito magro e não imaginou que eu fosse jogador de futebol. Fui para o time principal e me mandaram para o juvenil, mas fiz dois gols e voltei aos profissionais – conta Lula, que nasceu em Arco Verde, na Paraíba, mas foi para Natal com 1 ano de idade.
Depois de encerrar a carreira, Lula foi treinador das divisões de base do Fluminense e chegou a trabalhar com Ricardo Gomes, nos juniores. Sua carreira teve continuidade na Arábia Saudita, onde trabalhou por 19 anos. Agora ele está de volta para viver no Brasil e deixa claro que seu coração será sempre tricolor:
– Devo muito ao Fluminense. Foi aqui nas Laranjeiras que tudo começou.
Comunicação Institucional FFC
Fotos: Bruno Haddad/Divulgação FFC
Fonte: Site Oficial do Fluminense FC
