Caldeirão dos 'elétricos', Capwell é a arma do Emelec para pressionar o Flu

Além do rival organizado e líder isolado do Campeonato Equatoriano, o Fluminense terá um adversário a mais na próxima quinta-feira em Guayaquil: a pressão do acanhado Estádio George Capwell, a casa do Emelec. Com cerca de 22 mil lugares, o caldeirão dos 'elétricos', como são conhecidos os torcedores e o próprio time, tem as arquibancadas muito próximas às linhas que demarcam o campo, um gramado em bom estado e vem sendo o diferencial do clube equatoriano na Libertadores até agora. Em três partidas na fase de grupos, três vitórias. Sendo duas delas sobre adversários de tradição como Peñarol e Vélez Sarsfield. A previsão, mais uma vez, é de casa cheia.

No campeonato local, o desempenho é bem parecido. Em seis partidas em casa até agora, cinco vitórias e um empate. A única igualdade foi na última quarta-feira, no clássico contra o Barcelona de Guayaquil: 0 a 0. Atualmente, o Emelec é líder isolado da competição com 29 pontos, cinco a mais do que o vice-líder Deportivo Quito. E ainda tem um jogo a menos.

- O Emelec é muito forte em casa. Isso já foi comprovado com a campanha 100% na primeira fase e as vitórias também no Campeonato Equatoriano. A pressão é muito grande. Quando o jogo é pela Libertadores então... A torcida lota e joga junto - resumiu a jornalista Laura Serrano Bravo, da Rádio Rumba do Equador.

Sem camisas amarelas por causa do rival Barcelona

Entre os jogadores, o pensamento é o mesmo. Será preciso utilizar o fator Capwell para conseguir um bom resultado que dê ao Emelec a possibilidade de confirmar a classificação no Brasil, onde o clube equatoriano sabe que terá muita dificuldade para vencer. Até hoje, o clube equatoriano disputou 20 partidas contra brasileiros na Libertadores: são 12 derrotas, sete empates e apenas uma vitória. Contra o Flamengo, em 2012, por 3 a 2, justamente em seu estádio.

- Vai ser um jogo difícil pela qualidade do Fluminense, uma equipe que sabe tocar muito bem a bola e tem jogadores que já atuaram na Europa. Por isso temos que fazer valer o mando de campo e, principalmente, buscar os gols porque depois vai ser ainda mais complicado no Brasil - opinou o atacante Marcos Caicedo, de apenas 21 anos, um dos destaques da equipe do técnico boliviano Gustavo Quinteros.

Inaugurado em 1945, o George Capwell - nome em homenagem a um dos fundadores do clube - já passou por algumas reformas. A principal delas, em 1989, abrangeu todas as arquibancadas e o gramado. Dois anos depois, no torneio que marcou a reinauguração, o Emelec bateu o Santos na final por 1 a 0.

O próximo projeto de ampliação prevê a demolição de uma das arquibancadas para a construção de outra com quatro andares que aumente a capacidade do estádio de 20 mil para 40 mil torcedores. O local tem ainda uma regra curiosa gravada em uma de suas paredes: é proibído entrar vestido com a cor amarela, a mesma da camisa do rival Barcelona.

Fluminense e Emelec começam a se enfrentar pelas oitavas de final da Libertadores na próxima quinta-feira, às 22h30 (de Brasília), no Estádio George Capwell, em Guayaquil. A delegação tricolor chega ao Equador nesta terça em voo fretado por volta das 20h. A partida de volta, no Rio, está marcada para o próximo dia 8 de maio.


Fonte: Globo Esporte