O jogador, campeão na China logo em sua primeira temporada, acabou de ter o seu primeiro filho, Benjamim, com a brasileira Paula e, apesar de adaptado ao fraco campeonato local, sente receio de criar o filho em um país estranho e disse a amigos que desejaria voltar ao Brasil e ao Fluminense.
Conca diz não ter planejado nada do que está acontecendo e que gostaria de cumprir seu contrato de três anos e meio até o fim. Mas a vida mudou. Assim que Benjamim nasceu, o argentino afirmou que, se o filho não se sentisse bem, o levaria embora.
O problema é que Conca é o ídolo do time, o principal armador, como foi no Fluminense campeão brasileiro de 2010, quando disputou todos os jogos e foi eleito o craque da competição. Diretor executivo do Fluminense, Rodrigo Caetano nem pensou duas vezes. Afirma não querer passar por cima dos dirigentes chineses nem sugerir o encerramento do contrato. Mas, uma vez que Conca resolva o problema, ele encontrará as portas abertas nas Laranjeiras.
— É uma situação óbvia e não há a menor dúvida que, se for do interesse do Conca, é lógico que o Fluminense estará de portas abertas para repatriá-lo — afirmou Caetano.
Amigo de Conca, Thiago Neves ficou sabendo do interesse do argentino na possível volta ao Brasil e ficou radiante com a possibilidade de jogar junto com ele novamente.
— Conca é a cara do Fluminense, um ídolo, o jogador que deu um campeonato brasileiro depois de mais de 20 anos. A porta não está aberta, está escancarada para ele — disse Thiago.
Excesso de jogadores no meio
Mesmo com excesso de jogadores na posição, ninguém no Fluminense questiona que Conca seria titular absoluto do meio-campo tricolor.
— Não tem espaço, a gente arruma. Joga na lateral-esquerda, no ataque, onde ele quiser — declarou Thiago.
Rodrigo segue o mesmo raciocínio. E deixa claro que o excesso de jogadores no meio-campo será resolvido até o fim do ano. Atualmente, o Fluminense tem Wagner e Souza, que têm, no entendimento do clube, condições de serem titulares em outros times e poderiam ser emprestados. Deco e Thiago são titulares absolutos de Abel. Lanzini ainda não tem presença garantida até o final de 2012, porque o Fluminens e ainda negocia a prorrogação de seu empréstimo com o River Plate.
— Todo bom jogador interessa ao Fluminense. Ainda mais um ídolo — explicou o dirigente.
O princípio do possível repatriamento de Conca é o mesmo usado na contratação de Thiago Neves no início deste ano. O Fluminense já tinha jogadores para a posição, havia contratado Wagner meses antes e, mesmo assim, insistiu em ter o jogador em seu elenco. E por quatro temporadas.
Desistir do futebol chinês significará, para Conca, abrir mão de muito dinheiro. O Fluminense recebeu mais de R$ 25 milhões por sua venda. Se cumprir todo o tempo de contrato com o Guangzhou, Conca, estima-se, receberia, ao todo, cerca de R$ 80 milhões.
Ainda assim, a poupança está cheia, porque ele investiu na compra de oito terrenos em um condomínio de luxo na Barra de Tijuca e não seria problemas para ele ter uma redução drástica em seu salário. Ele receberia, no Fluminense, cerca de R$ 800 mil. Na China, ele tem salário de R$ 2 milhões.
Fonte: D24 am
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