Após acerto com rival, Flu pressiona fornecedora e já busca outras opções


O acerto entre Flamengo e Adidas foi comemorado na Gávea, mas repercutiu também nas Laranjeiras. Parceiro da empresa alemã desde 1996 (acordo mais antigo entre os principais clubes do país), o Fluminense acompanhou atentamente as notícias sobre o caso e vem pressionando a fornecedora por melhorias no contrato que tem validade até o fim de 2014. Atualmente, o Tricolor recebe R$ 9,1 milhões por ano. As exigências - como melhorias não apenas sobre os valores, mas também em royalties e distribuição - já foram feitas, mas o clube ainda aguarda uma resposta. Enquanto isso, já se movimenta nos bastidores em busca de alternativas para o caso de uma possível rescisão.
- O Fluminense não está parado em relação ao que esta acontecendo no mercado - limitou-se a dizer o vice-presidente de marketing das Laranjeiras, Idel Halfen, frisando que não poderia entrar em maiores detalhes sob o risco de atrapalhar as negociações.
A verdade é que nos grandes centros europeus a mesma empresa não fornece material para dois grandes rivais, sejam eles da mesma cidade (como Inter de Milão e Milan na Itália) ou do mesmo país (como Real Madrid e Barcelona na Espanha). O mais perto que se tem dessa situação é em Manchester, na Inglaterra, onde a Nike é a fornecedora do United e a Umbro, que já pertenceu ao grupo Nike, é a parceira do City. 
De olho em alternativas
Internamente, o Fluminense trabalha com duas possibilidades: que a atual renegociação rume para uma direção que agrade às duas partes ou então que haja uma rescisão. O Tricolor acredita que a Adidas vai ceder em pelo menos algumas de suas reivindicações  mas para se precaver também procura alternativas no mercado, mesmo que de forma oficiosa. Uma grande empresa já avisou ao clube das Laranjeiras que tem interesse em uma parceria, mas primeiro aguarda um distrato para não inflacionar o mercado. Pelo contrato atual, por exemplo, a Adidas tem hoje o direito de fazer sempre a última proposta ao Flu. 

Nas Laranjeiras, o maior desafio dos dirigentes é não levar para a mesa de negociações a pressão dos torcedores, boa parte deles magoados com a "traição" daquele que viam como parceiro há 16 anos. Não há cláusula alguma no contrato atual que pudesse impedir a negociação da Adidas com o Flamengo. Comparando os dois acordos, os dirigentes entendem até que o do Tricolor pode ser considerado teoricamente mais vantajoso em relação ao número de torcedores, uma vez que o do rival é quatro vezes maior (R$ 35 milhões x R$ 9,1 milhões), diferença bem inferior à apontada pela última pesquisa de torcidas do Datafolha (16,27% x 1,46%). 

Fonte: GE

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