Treino, estudo e coração: os conselhos de quem prepara nossos goleiros

No coletivo, ele é quem trabalha o individual. Na alegria, é quem comemora sozinho. É o herói que constrói sem atacar, só defendendo. Esse é o goleiro, o atleta que tem nas mãos a responsabilidade de controlar com precisão a força de outros pés. Mas, para alcançar um padrão de excelência e manter o alto nível, um goleiro necessita de mais do que talento. Uma intensa preparação e a estratégia de estudo dos adversários também são um diferencial.

No Fluminense, os treinamentos têm o acréscimo da experiência vencedora do preparador de goleiros Antônio Marques Lopes, o Marquinhos, treinador de vários atletas vencedores que passaram pelo clube. Segundo ele, o goleiro deve ter sua preparação sempre antecipada aos desafios:


– Não é uma questão de treinar mais. Quando um preparador físico faz sua programação, ele planeja que os atletas vão atingir o ápice físico em uma determinada época. Com o goleiro não podemos esperar. Ele tem que estar bem desde o primeiro jogo.

Marquinhos também ressalta que o sentimento é o combustível que move um goleiro, qualificando os goleiros do Fluminense em seguida:

– Para ser goleiro tem que amar. Não adianta querer ingressar nessa profissão sem cultua-la. O Flu está bem servido de goleiros.

Ontem, após a bela defesa em uma cobrança de pênalti, Diego Cavalieri falou da importância do resultado e lembrou-se de outro integrante que o ajuda em sua preparação, o auxiliar técnico Ricardo Abeleira, responsável pela gravação de vídeos dos adversários do Fluminense.

Cobranças de falta, jogadas ensaiadas, jogadas que costumam se repetir e, é claro, cobranças de pênalti, tudo é registrado e devidamente passado por Ricardo aos goleiros do Fluminense.

– Preparo vídeos com cobranças de vários jogadores. Também separo os melhores momentos dos, pelo menos, três últimos jogos do adversário do Fluminense. Coloco também defesas de pênaltis dos cobradores que jogam nesses times – explica o auxiliar.

Abeleira disse que Cavalieri é proativo e busca as informações sobre os adversários, sempre solicitando o registro de novos lances:

– O Cavalieri é bem interessado, procura saber. Sempre pede lances de bola parada para estudar.

O auxiliar ressalta ainda que essa estratégia é uma tônica no futebol moderno e que ajuda o jogador a se preparar para o inesperado:

– É uma obrigação de todo jogador saber sobre o adversário. O fator surpresa deve ser o menor possível. Quem tiver mais informações estará sempre melhor preparado.


Fonte: Site oficial do Flu

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