Em entrevista, Peter detona Muricy Ramalho

O presidente Peter Siemsen havia criticado a postura de Muricy Ramalho (Falando de sua saída do Fluminense para o jornalista Jorge Kajuru) na noite de ontem para a Rádio Globo do Rio de Janeiro, hoje foi a vez de conceder uma entrevista ao jornal LANCE! Detonando o ex-treinador tricolor. Confira na íntegra a entrevista:

Saída do Fluminense para o Santos

1 - Uma semana antes dele sair, o presidente do Santos (Luiz Álvaro de Oliveira Ribeiro) me ligou: "Você não quer liberar o Muricy para acertar com o Santos?" Veio com uma conversa assim, "estamos vendo pelos jornais que ele está insatisfeito..." Não tenho a menor dúvida de que as tratativas com o Santos começaram antes de ele deixar o Fluminense. Não existe freira no futebol. Não adianta ele querer inventar cinco versões diferentes para justificar o injustificável. Precisa escolher uma.

2 - Ele falou comigo três vezes na vida. A única conversa que tivemos longa foi um dia antes de sua saída. Falamos de muitas coisas e em nada a conversa foi ruim. Quando ele diz que eu não gostava dele, está colocando palavras na minha boca. Sempre fui seu maior defensor.

3 - Ele sempre disse por intermédio da mídia que a estrutura do Fluminense era ruim, mas quando saiu, a atitude dele foi de não falar com a imprensa, não dar entrevistas. Ele me jogou aos tubarões naquele dia. Fui eu que tive de responder às perguntas de todos, de tentar esclarecer uma decisão que não havia sido minha e que nem eu sabia o motivo.

4 - Quando ele saiu, pediu para não ser exercida a multa rescisória, disse que havia sido campeão brasileiro, disse que tinha serviços prestados. Eu não me opus a isso. Não faria isso se não gostasse dele. Infelizmente, ele está falando todos os dias, ele não é passado no Fluminense, ele é presente porque sempre fala do Fluminense.

Críticas ao caráter de Muricy e a Alcides Antunes

- Muricy soube usar uma situação para justificar sua própria vontade. Como homem, lamento a pessoa que ele é. A verdade é que ele abandonou um projeto. Percebeu que, na opinião dele, o trabalho não iria prosperar com aquele elenco. Ele buscou na direção do Fluminense um bode expiatório. Muricy está acostumado a trabalhar a mídia a seu favor. Ele está se utilizando da mídia, buscando desculpas, razões, para transformar o passado, mas não é mais possível mudar a história. Ele teve méritos como treinador,mas tratou sua saída nas minhas costas. A interlocução não era o ideal naquele momento porque o vice de futebol (Alcides Antunes) que tínhamos não era da nossa confiança.

BATE-BOLA:

1. Presidente, como recebeu as críticas do técnico Muricy Ramalho?

- Ele dá entrevista na televisão e me dá porrada, vai a rádio e me dá porrada. Sinceramente, eu me sinto importante. Ser lembrado constantemente por um treinador tão importante quanto ele, mesmo depois de ser campeão da Libertadores, me sinto honrado, me sinto muito grande. E olha que eu só tenho seis meses de futebol.

2. E por que você considera que o treinador faz isso?

- A preocupação dele com a imagem é enorme, claro que não é algo pessoal comigo. Ele está tentando construir algo para defender a imagem dele, que ficou arranhada pela forma como saiu do Fluminense, mas não tenho nada com isso.

3. Ele disse que a atenção ao departamento de futebol diminuiu depois que você assumiu. Isso é verdade?

- Eu não estava focado no futebol? Estava mais preocupado com o clube? Realmente, tínhamos sido campeões brasileiros, eu tive de dar atenção ao que estava largado, o clube. Tínhamos situações emergenciais para serem resolvidas, problemas de estrutura para o clube. Mas em nenhum momento discordei das críticas que ele fazia em relação ao departamento de futebol.

4. Por que você acha que ele disse agora que não deixou o Fluminense por causa da infraestrutura?

- Ele agora diz isso, mas falou o contrário quando saiu, expôs o Fluminense em rede nacional, fez críticas pelos jornais a respeito da infraestrutura, críticas que eu sempre apoiei. Fico feliz pelo sucesso no Santos, mas não entendo por que não consegue nos esquecer.

Fonte: Pó-de-Arroz

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