Para não depender de combinação de resultados, treinador projeta 100% de aproveitamento nos próximos cinco jogos por Libertadores e Carioca.
Vencer ou vencer. O lema pode até parecer exagerado, mas é desta forma que o Fluminense enxerga os próximos cinco jogos que vão definir seu futuro nas fases de classificação tanto da Taça Rio quanto da Libertadores da América. Fora da zona dos que avançam nestas competições no panorama atual, o Tricolor até pode seguir vivo com um tropeço caso conte com combinações de resultados. Entretanto, o treinador Enderson Moreira não quer saber de calculadora.
A maratona sem direito ao erro do Flu começa no próximo sábado, às 16h (de Brasília), contra o Volta Redonda, no Raulino de Oliveira, e durará 19 dias, com quatro compromissos fora de casa. Nacional, no Uruguai, Americano, em Macaé, Nova Iguaçu, no Engenhão, e Argentinos Juniors, em Buenos Aires, são as outras pedras no caminho. De acordo com o comandante tricolor, todos adversários que serão encarados com a mesma seriedade, sem priorizar competição alguma, apesar de já ter poupado Fred e Conca para o compromisso diante do Voltaço.
- Temos cinco jogos em que precisamos de cinco vitórias. Não há outro resultado que possa servir. De repente pode até acontecer alguma combinação, mas para termos realmente chance de classificação, é necessário vencer. Então, vamos contar com todos os atletas. Não vamos abrir mão do estadual. Mas também não vou ser irresponsável de utilizar jogador com desgaste excessivo. Vamos conversar bastante – disse Enderson.
Elogiado pelo desempenho da equipe nas partidas diante de América do México e Vasco, o interino tricolor não se deixa levar pelo início de reviravolta da equipe no seu comando e mantém os pés no chão.
- Recebo os elogios com tranquilidade. Isso serve mais para verificar que estamos no caminho certo. Mas o mérito de tudo que tem acontecido é da comissão técnica e, principalmente, dos atletas.
Já vislumbrando o confronto também decisivo contra o Nacional, na próxima quarta, no Uruguai, Enderson aprovou a mudança do local da partida do acanhado Parque Central para o histórico Centenário. Segundo ele, porém, o compromisso será complicado independentemente do estádio.
- Já participei de jogos no Uruguai, e acho que a dificuldade vai ser imensa. Lógico que o Centenário tem um campo maior, mas o número de torcedores cresce também. É uma equipe complicada, bem treinada, e todos os times ainda têm chance de classificação no grupo. O detalhe vai fazer a diferença.
O treinador foi questionado ainda sobre a má fase de Conca, que tem perdurado por todo o início de 2011. Paciente, ele confia na volta por cima do camisa 11 e aponta justificativas para as atuações irregulares.
- Quando um jogador tem o destaque que o Conca teve, os espaços ficam menores. Cria-se no adversário uma preocupação. Eu faria isso, me preocuparia em como diminuir suas ações ofensivas. Nós temos que pensar em soluções para ele. De repente, um posicionamento diferente, buscar mais espaço. Mas é importante lembrar que ele não teve como fazer a pré-temporada e vai demorar um pouco mais para ganhar o ritmo normal de jogo.
Com oito pontos, o Fluminense é o terceiro colocado no Grupo B da Taça Rio, atrás do Botafogo, que tem dez, e do Olaria, com 12. A colocação é a mesma na Libertadores, onde tem cinco pontos no Grupo 3, sendo superado por América do México, com seis, e Argentinos Juniors, com sete.
Fonte: Globo Esporte
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