Fluminense inicia obras nas Laranjeiras e tem projeto de compra ou aluguel de Centro de Treinamento

RIO - Os pisos eram colocados no chão da rouparia por dois funcionários da conservação. Ao mesmo tempo, um pintor retocava a tinta em uma das paredes das Laranjeiras, enquanto um operário usava a serra elétrica para dar o acabamento no material utilizado em uma pequena reforma da sede. Hoje, o Fluminense é um clube em reconstrução, dentro e fora de campo. Mas a obra que mais interessa aos jogadores e à comissão técnica será feita a quilômetros de distância, do outro lado da cidade.

A diretoria tem dois projetos para a transferência do futebol para um Centro de Treinamento no Recreio dos Bandeirantes. O primeiro é comprar o Banana Golfe por cerca de R$ 22 milhões. Aproximadamente R$ 5 milhões, pagos no momento da assinatura do contrato, seriam doados por tricolores ilustres, no sistema de cotas. O restante viria da patrocinadora Unimed, direitos de transmissão da TV e da parceira Traffic, empresa de marketing esportivo. A outra solução seria tentar o aluguel do local, que daria a chance de transferência em 40 dias, a partir da assinatura, tempo que o Fluminense levaria para nivelar pelo menos um dos quatro campos que pretende construir nas instalações do Banana Golfe, que passaria a se chamar Centro de Treinamento Telê Santana.

A única solução possível para amenizar o castigado gramado das Laranjeiras será a instalação de grama sintética, mas apenas fora das quatro linhas, onde atualmente existe um pequeno corredor de terra, utilizado pelos sócios para caminhadas e corridas. Além, é claro, da colocação de terra nos buracos. O clube estuda também a contratação de uma empresa especializada para cuidar do campo, que, com a mudança para o CT, passaria a ser usado pelo time apenas em ocasiões especiais, como hoje, véspera do clássico com o Vasco, que incentivariam a torcida a consumir no restaurante e na butique da sede.

A verba para as pequenas obras nas Laranjeiras não é a mesma que o clube conseguiu captar no Ministério da Cultu$através de um projeto de reforma. Ao todo, o Fluminense teria direito a R$ 7 milhões, mas obteve, até agora, cerca de R$ 500 mil. O dinheiro investido viria da arrecadação mensal, que passou de R$ 5 mil para cerca de R$ 38 mil.

Souza comemora sua volta

Na reconstrução do time, a virada sobre o América do México, na Libertadores, pode ser considerada a pedra fundamental. Para o clube e jogadores como Deco e Souza. O meio-campo do Fluminense estava igual às Laranjeiras: precisando de retoques. Sobrecarregado, Conca teve que jogar no sacrifício até a última partida do Brasileiro. Contratar um meia direita era consenso para dar equilíbrio no projeto do ex-treinador. Souza chegou para ser titular e levar a equipe à frente, ao lado de Conca. Foi justamente a vocação para o ataque que o deixou para o banco.

- O Muricy queria um jogador de marcação e preferiu o Marquinho. Eu saí com o time vencendo. O futebol é feito de oportunidades, agarrei a minha e espero não sair do time - disse Souza, que só voltará à lateral se Mariano, que se recupera de edema ósseo no joelho direito, não puder jogar.

Fonte: Oglobo

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