No Fluminense, a corda estoura em Diego Cavalieri


“Dá uma trégua para o guerreiro aí, galera”, pediu aos jornalistas o capitão Fred ao fim de sua entrevista na quinta-feira, nas Laranjeiras. O guerreiro em questão é o goleiro Diego Cavalieri, que na véspera, contra o Argentinos Juniors, disse ter sido vaiado pela primeira vez na carreira. Contratado para resolver os problemas do gol tricolor, o camisa 1 sentiu, no seu quinto jogo, a ira da torcida. A ponto de ter ouvido partir da arquibancada um apelo pela volta de Ricardo Berna, titular na reta final do Brasileiro do ano passado e nos dois primeiros jogos do time no Estadual.

Nesta quinta, de Fred ao presidente do Fluminense, Peter Siemens, todos saíram em defesa de Diego Cavalieri. Por ora, o consenso geral no clube é que o time ainda não encontrou o equilíbrio de 2010, quando terminou o Brasileiro com a melhor defesa. E que, por isso, o goleiro não pode ser considerado o único culpado.

— Ano passado, defendíamos bem. Tanto que o time fazia um ou dois gols e o jogo acabava. Agora, estamos tomando gols que não podem acontecer — explicou o técnico Muricy Ramalho.

‘Quando eu erro, falo’

Resta saber como a torcida irá se comportar com Diego Cavalieri. Na quarta-feira, o preparador de goleiros do clube, Victor Hugo, teve até que aturar piadas sobre o camisa 1 dentro do elevador do Engenhão, quando descia para o vestiário com alguns torcedores. Muricy reprova a pressão sobre o atual titular. Durante o jogo contra o Argentinos Juniors, reclamou quando as vaias começaram e bateu no escudo do Fluminense. Cavalieri, por sua vez, continua certo de que não errou na estreia do time na Libertadores.

— Quando eu erro, eu falo. Aconteceu contra o Macaé, na minha estreia, e isso nunca é bom. Ontem (quarta-feira), no segundo gol, o cruzamento foi na segunda trave e eu estava na primeira, não deu para chegar. Mas vida de goleiro é assim. Ainda vou evoluir. Não atingi o meu ápice, e o time ainda está em busca de um equilíbrio — afirmou Cavalieri.

Fonte: Extra Globo

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