Fluminense ainda busca qual a sua identidade em 2011


Diante de mais um tropeço em casa na Copa Libertadores, quarta-feira, contra o Nacional-URU, Muricy Ramalho não se abalou: tranquilo na entrevista coletiva pós-jogo, afirmou que o Fluminense “teve cara de time”. Entre os jogadores, porém, o sentimento é de que a identidade guerreira do Tricolor, exaltada pela torcida desde 2009, se perdeu nestes dez primeiros jogos do ano, quando o treinador não conseguiu repetir uma única escalação.

Verdade que Muricy, que nesta quinta não foi ao clube para resolver problemas particulares, vem sendo prejudicado por lesões e suspensões. Mas muitas das mudanças foram de ordem técnica. Jogadores como Valencia, Ricardo Berna e Marquinho já foram barrados e já recuperaram a posição. Titulares ao menos uma vez, Julio Cesar, Tartá, Araújo e Diego Cavalieri hoje estão no banco, para onde Edinho foi parar quarta-feira. Lançado na estreia do time na Libertadores, no empate com o Argentinos Juniors, Willians não agradou e nem é mais relacionado. No 0 a 0 com o Nacional-URU, as mudanças chegaram ao esquema tático e confundiram o zagueiro Digão, que, segundo o técnico, foi escalado para ficar fixo na direita e liberar Mariano.

— Muricy pediu para eu marcar o número 15 do Nacional e só subir na boa. Se eu joguei de zagueiro ou lateral? Nem eu sei dizer (risos). Fiquei ali no lado direito fazendo minha função — tentou explicar Digão, certo apenas de que Fluminense ainda não encontrou a química das duas últimas temporadas:

— Mudamos as nossas caracrterísticas. Temos que voltar a ser o time de guerreiros, que pegava, marcava...

Apesar de chateado com o empate de quarta-feira, o treinador viu melhoras, a ponto de elogiar os jogadores no vestiário do Engenhão pela postura e entrega. Um sinal de que, talvez, ele esteja perto de descobrir com qual time e identidade o Fluminense caminhará a partir de agora.

Fonte: Extra Globo

Postar um comentário

0 Comentários