Quietinho e calminho, Abel nega oba-oba: cada partida é decisão

Invicto e na vice-liderança do Campeonato Brasileiro, o técnico do Fluminense, Abel Braga, nega o clima de oba-oba, e quer manter o foco durante a disputa. Ciente das dificuldades e do longo caminho a ser percorrido até o final da competição, ele disse que vem procurando fazer com que cada jogo seja uma decisão para os jogadores, e evitou festejar muito a vitória por 1 a 0 diante do Flamengo.



"Para mim foi bonita a festa, mas o que vale são os três pontos. É mais uma vitória, era não perder a invencibilidade, era se manter vivo", afirmou o treinador, em entrevista após o jogo. "Estamos bem quietinhos, bem calminhos, muito bem posicionados, e as coisas têm acontecido. Mas o campeonato é muito longo, foi só mais um passo", acrescentou.
Abel exaltou o fato de o Fluminense ter obtido mais uma vitória contra uma equipe candidata ao título. Ele lembrou que dos oito jogos no Brasileiro, quatro foram contra equipes cotadas para ganhar a competição - Santos, Inter, Corinthians e Flamengo. E lembrou, no entanto, que em um campeonato longo como o Brasileiro, um revés é esperado para qualquer momento.
"É óbvio que não vamos manter a invencibilidade, manter uma sequência sempre de vitórias. Em algum momento você patina. Tem que saber que isso vai ocorrer, e tem que estar preparado para isso. Equipe tem que estar preparada para vencer, mas tem que saber conviver quando vem a derrota. Não tem que se abalar", comentou.
Com um grande elenco, recheado de jogadores experientes, Abel disse considerar que o Fluminense é uma equipe "vacinada". Ele lembrou que o time vem disputando e se qualificando em muitas competições. Citou a melhor campanha no returno do Brasileiro do ano passado, e a Copa Libertadores da América deste ano. Os quatro duelos contra o Boca Juniors foram colocados pelo técnico como exemplo de jogos difíceis que a equipe vem aprendendo a se adaptar.
O time que começou o Fla-Flu é, atualmente, o mais forte, dentro do elenco, que pode ser escalado. Segundo Abel, poderão ocorrer variações por razões táticas ou médicas, mas a tendência é levar a campo os 11 jogadores que começaram o clássico carioca.
"Não procuro inventar, a equipe mais forte que temos, a meu ver, é essa. Pode haver uma ou outra mudança. Mas é isso aí, com essa escalação, com jogadores que fazem a diferença em momento importante", observou.



Fonte: Terra
Foto: Daniel Ramalho/Terra

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