A novidade no coletivo realizado nesta quinta-feira, nas Laranjeiras, foi a presença de Matheus Carvalho entre os titulares, ao lado do experiente Fred, de volta à equipe. O jovem atacante, de apenas 19 anos, praticamente nasceu no Fluminense. Afinal, chegou ao clube em 1999, aos sete anos de idade, quando ingressou no futsal. Lá se vão 12 anos.
Se essa sua enorme identificação já não fosse o bastante, Matheus sempre faz questão de ressaltar que é Tricolor de coração. Integrado aos profissionais pelo técnico Muricy Ramalho em setembro do ano passado, o jogador pode ter a chance, contra o Atlético-GO, domingo, no Serra Dourada, de ser novamente relacionado para uma partida. Mas, agora, quem sabe, estrear no profissional.
– No Brasileiro do ano passado, cheguei a ficar no banco no jogo contra o Grêmio, no Engenhão. Vencemos por 2 a 0 e até pensei que fosse entrar durante a partida. Agora, na estreia contra o São Paulo, tive nova oportunidade de aparecer entre os 18. Caso realmente jogue domingo, seja começando ou entrando depois, ficaria feliz demais. Seria a primeira, né?! –, comentou.
Como Rodriguinho foi poupado do treino por sentir um incômodo na coxa direita, Matheus ganhou do técnico Enderson Moreira a chance que tanto almejava. E soube aproveitá-la. Foi dele o primeiro gol dos titulares na vitória por 3 a 1, após bela triangulação com Fred e Conca, que marcaram os outros – Rafael Pernão, dos juniores, que está em observação, fez o dos reservas.
– Sou tricolor, sempre fui, e esperava por esse momento há muito tempo. Imagina você vencer todas as etapas no seu clube do coração, desde garoto, e chegar até aqui? Sei que a oportunidade vai aparecer na hora certa e estarei preparado para quando ela chegar –, afirmou Matheus, que largou o futsal em 2005 para se dedicar exclusivamente ao futebol de campo, passando a ser visto como uma das promessas de Xerém.
O zagueiro Márcio Rosário se definiu como “forte e bom na bola aérea”, ao vestir pela primeira vez a camisa do Fluminense, nesta quinta-feira, nas Laranjeiras. Ele chega disposto a lutar por uma vaga, mas elogiando seus concorrentes pelo lugar no time. Trabalho e ambição, sim. Mas com muito respeito.
– O clube tem o Gum e Leandro Euzébio, que estão jogando direto e devem ser respeitados. Agora, somos companheiros. Estamos todos no mesmo lado e precisamos fazer o que for melhor para o Fluminense. Cheguei agora e não deu tempo de bater muito papo, mas vamos nos comunicar o bastante para fazer a coisa dar certo. Só tenho que trabalhar – afirmou Rosário.
Márcio disse que sempre admirou o Fluminense e aumentou a esperança de atuar nas Laranjeiras quando soube da vinda do treinador Abel Braga, visto que os dois já tinham trabalhado juntos nos Emirados Árabes.
– Abel me ligou e falou que gostaria de contar comigo. Quando saí do Botafogo, surgiu o contato e, depois, o acerto com a Diretoria do Fluminense. Ele viu meu futebol enquanto eu jogava no Internacional de Santa Maria (RS) e enfrentei o Internacional (RS). Abel me conheceu e gostou. Depois, me chamou pra ir pro Emirados e eu fui – contou o zagueiro.
O Caveirão Guerreiro explicou que, apesar de ter passado um tempo sem clube, se preocupou com as condições do corpo. Ele acredita que estará à disposição da comissão técnica em um prazo até o fim da próxima semana.
– Fique 25 dias “parado”, mas treinei, mantive a forma. Não chego aqui zerado, em relação à preparação física. Sabia que a oportunidade poderia aparecer e continuei trabalhando – ressaltou.
Rosário, que vestirá a camisa 4 do Fluzão, deu sua receita para tentar parar os atacantes habilidosos que enfrentará, no Brasileirão 2011. Também revelou otimismo quanto ao futuro do time.
– Tem que ficar colado no atacante pra não deixar a bola chegar com tranquilidade. Podemos conquistar o Brasileiro, sim. Vinha acompanhando o time do Fluminense e sabia que era bom. Sei que estou chegando pra conseguir coisas boas – finalizou.
Fonte: Correio do Brasil
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