À espera do julgamento, Michael faz tratamento em clínica de reabilitação

Ainda no aguardo do julgamento pelo caso de doping por cocaína, Michael recebe atenção especial por parte do Fluminense, mas longe dos gramados. Nas últimas semanas, ele pouco apareceu nas Laranjeiras, porque iniciou um tratamento em uma clínica de reabilitação. O atacante tem tido acompanhamento diário, e segundo pessoas ligadas ao clube, a rotina é dura e rígida, tudo para evitar que ocorra uma recaída durante o tempo em que ficar afastado da bola. Os custos são todos quitados pelo Tricolor.

A clínica é especializada em dependência química. Nas últimas semanas, Michael chegou a passar algumas noites no local. Em outras, ficou no apartamento ao lado da família, que é de Minas Gerais e tem vindo ao Rio de Janeiro dar apoio ao jogador.

Logo após a notícia do doping, o Fluminense deixou claro que daria todo suporte e que não suspenderia seu contrato, que vai até o fim de 2015. Mesmo com o problema, Michael continuou frequentando a concentração do clube para ganhar apoio dos companheiros, chegando inclusive a viajar para a temporada de treinos em Orlando, nos Estados Unidos, durante a Copa das Confederações.

Mas dores no púbis o afastaram do campo, e a inatividade começou a preocupar o clube, já que, antes mesmo de ser flagrado por uso de cocaína, Michael já havia demonstrado sinais de tristeza, além de ter desabafado em seu Facebook sobre a saudade da família. Em razão do histórico do jogador de 20 anos, o clube se propôs a iniciar este tratamento para que o atacante não volte a cometer erros que possam prejudicar sua carreira.

Mesmo antes de saber a data do julgamento, o advogado do Fluminense, Mário Bittencourt, que representa Michael, confirmou que o jogador continuará cumprindo a suspensão voluntária. O advogado adiantou que isso faz parte, junto com a rejeição do pedido de contraprova, do planejamento do setor jurídico para conseguir apenas uma punição pedagógica ou até mesmo a absolvição do atleta, visto que ele também confessou o uso de cocaína - o coordenador administrativo do clube, Marcelo Penha, contou que o atacante admitiu que usou a droga mais de uma vez.

Michael está sem atuar desde o dia 5 de maio, na derrota para o Botafogo na final da Taça Rio, em Volta Redonda. Ele foi pego no exame antidoping após a vitória sobre o Resende por 2 a 0, pelo returno do Carioca deste ano, quando marcou um gol. O atacante cumpre suspensão voluntária, uma vez que admitiu ter feito uso de cocaína. Até o momento, ele não foi julgado nem mesmo em primeira instância no TJD-RJ. O caso será apreciado diretamente no STJD, mas ainda não há data marcada para o julgamento.

O jogador foi promovido aos profissionais no ano passado e já disputou 12 jogos pelo time principal do Fluminense, com cinco gols marcados.

Fonte: Globo Esporte