Uma semente que foi plantada para, quem sabe, poder colher frutos em um futuro a médio e longo prazo. Assim o Fluminense encarou a semana de treinamentos que passou em Orlando. Agora, o clube vai colocar na mesa o saldo de muitas reuniões e contatos feitos durante os últimos dias para começar a traçar os próximos passos. Além de todo o trabalho que já foi feito com o Orlando City, a diretoria tricolor se aproximou também da alta cúpula que comanda o complexo esportivo da Disney, onde nesta semana o Cruzeiro realiza a sua intertemporada.
A Disney, por sinal, foi o primeiro lugar cogitado para os treinamentos. No entanto, após uma viagem com os juniores para um torneio nos Estados Unidos, o Fluminense conheceu o Orlando City, que ofereceu toda a estrutura e, inclusive, bancou todos os custos internos do Tricolor, que só pagou pelas passagens aéreas. Outros projetos com o City, que tem o brasileiro Flávio Augusto como dono, serão estudados, mas a diretoria do complexo do parque já formalizou um convite para o clube enviar um time que irá disputar o Disney Classic Pro, torneio que reúne algumas das principais equipes do futebol norte-americano.
Esta deve ser apenas uma das passagens do Fluminense pelos Estados Unidos em 2014. Assim como fez neste ano, o time profissional deve voltar ao país durante a paralisação para a Copa do Mundo. Já o torneio da Disney deve ser disputado com os juniores por ser em fevereiro.
- Temos um longo caminho pela frente nesta luta pela internacionalização da marca. Mas a semente foi plantada. Vamos agora tentar pegar todas as informações coletadas, reunir o pessoal e trabalhar muito. Por enquanto ainda estamos no estágio de aproveitar as oportunidades. A primeira delas nos Estados Unidos foi essa em parceria com o Orlando City. Com os jovens, que já tem ido para a Europa com frequência, vamos continuar investindo. Uma das reuniões com a Disney terminou no convite para o Disney Classic Pro. No longo prazo a gente também vai ganhar - afirmou o presidente do Flu, Peter Siemsen.
Uma das intermediárias no contato entre Fluminense, Disney e Orlando City foi a empresa 2SV. O braço principal é o intercâmbio de jogadores com universidades nos Estados Unidos, mas a companhia é a representante oficial da Major League Soccer no Brasil e fez a ponte tanto para o Tricolor como para o Cruzeiro. Ricardo Villar, um dos diretores ao lado de Ricardo Silveira, acredita que o Fluminense entendeu o potencial que o país oferece hoje em dia.
- É um trabalho a médio e longo prazo, mas com um potencial enorme. Além do grande número de brasileiros por aqui, o futebol cresce cada vez mais. E é um país organizado, com mercado consumidor grande e disposto a abraçar as novidades. Com disposição e estudo, os ganhos em marketing, metodologia e na frente em patrocínios pode ser muito bom - afirmou Villar, que jogou na MLS e acompanhou o Fluminense diariamente nas reuniões e no dia a dia durante a estada em Orlando.
Aprendizado também para o Centro de Treinamento
Além da parte técnica, aprovada com louvor por Abel Braga, e dos avanços fora de campo, o Fluminense aproveitou a estadia nos Estados Unidos para adquirir conhecimento em relação aos centros de treinamento. Ainda viabilizando os últimos detalhes para iniciar a obra, o Tricolor conheceu a estrutura extremamente funcional do Orlando City e pegou dicas e conselhos para o seu.
- É impressionante ver uma estrutura como essa em uma cidade relativamente pequena e com apenas um clube profissional. Mas a gente conheceu universidades que oferecem centros perfeitos assim como estruturas públicas. É uma tendência mesmo. O futebol já é o segundo esporte mais praticado nas faculdades. E ainda tem o próprio centro da Disney, que é um mundo. Tudo isso foi importante para coletarmos informações - finalizou.
Fonte: Globo Esporte
