Lesões, pouco futebol, dopings e erro no planejamento: Flu inicia mal 2013

Planejamento, experiência em Copa Libertadores, elenco forte e favoritismo. O Fluminense teve tudo isso enquanto se manteve vivo na competição sul-americana, mas não foi suficiente para eliminar um Olimpia (PAR) que é visivelmente inferior tecnicamente e economicamente. Há explicação? Talvez os erros ao longo de um primeiro semestre que foi jogado no lixo.

Dentro de campo, raras foram as vezes que os tricolores apresentaram o chamado "futebol convincente". A dificuldade para se classificar em um grupo tido como fácil na Libertadores e o fato de não ter vencido nenhum dos cinco clássicos regionais nesta temporada exemplificam a transformação pela qual passou de um ano para o outro.

Nos bastidores, problemas relacionados a doping e lesão também afetaram o rendimento. Afinal, em cinco meses, três atletas utilizaram saram substâncias dopantes, mas só dois foram pegos no antidoping - Deco e Michael. Thiago Neves foi vetado na véspera do jogo contra o Caracas (VEN) que havia tomado um remédio com composição ilegal e acabou preservado da partida.

Nas Laranjeiras, o departamento médico poucas vezes ficou vazio. O meia Thiago Neves, por exemplo, ainda não conseguiu ter sequência de jogos. Deco, antes de ser suspenso por doping, também quase não havia jogado. Isso sem contar o fato de um mesmo atleta ter se machucado mais de uma vez no mesmo local. Esta é a rotina em 2013.

Agora, assim como no ano passado, o foco do Flu muda totalmente para o Brasileirão. A possibilidade de vencer a competição pela terceira vez em quatro anos anima. Mas, por enquanto, ninguém no clube consegue esconder a decepção de uma eliminação precoce.

QUATRO REFORÇOS, MAS SÓ RHAYNER JOGA

No fim da última temporada, os dirigentes do Fluminense deixaram claro que as contratações seriam pontuais. E realmente foram. No total, apenas quatro reforços: o lateral-direito Wellington Silva, o lateral-esquerdo Monzón, o meia Felipe e o meia-atacante Rhayner. A questão é que, entre todos eles, apenas o último foi, de fato, aproveitado por Abel Braga.

A prova está nas estatísticas. Enquanto o camisa 22, utilizado constantemente como titular, disputou 26 jogos nesta temporada, os outros três muitas vezes foram deixados de lado. Felipe entrou em campo em 16 oportunidades, mas quase todas nos últimos minutos. Em vários jogos, sequer foi relacionado para ficar no banco.

Wellington Silva foi o menos utilizado. Com duas lesões em 2013, fez apenas sete jogos. Monzón não fica muito atrás e, sem contusões, disputou uma partida a mais.

Fonte: LanceNet