A eliminação na Libertadores frente ao Olímpia na última quarta-feira tornou necessária uma reação do Fluminense no segundo semestre deste ano. Sem o principal objetivo da temporada, a equipe de Abel Braga precisa se reerguer para superar a frustração e conseguir bons resultados na Copa do Brasil e no Brasileiro.
Para isso, o técnico do time tricolor terá alguns desafios pela frente. Um deles é fazer o ataque tricolor ser mais efetivo. Na Libertadores, o Fluminense foi apenas a 16ª equipe a marcar mais gols, mesmo estando entre as oito melhores da competição.
O time também terá que se adaptar aos desfalques por lesões, convocações para a seleção brasileira e casos de doping. O último item é o mais preocupante, já que pode perder o meia Deco, peça essencial no esquema do Tricolor. Confira abaixo outros desafios que o Fluminense terá que superar nesta temporada:
TRIO DA SELEÇÃO BRASILEIRA AUSENTE POR CONVOCAÇÕES
Trio da seleção brasileira ausente Apesar do orgulho sentido pelo torcedor tricolor, a convocação de Fred, Jean e Diego Cavalieri deve prejudicar a equipe em algumas partidas deste segundo semestre. A primeira delas será contra o Criciúma, neste domingo, pela terceira rodada do Brasileiro. Depois, o trio ainda é desfalque certo contra Coritiba, Goiás e Portuguesa, por conta da Copa das Confederações. A ausência deve ser fato comum, já que os três são nomes fortes junto a Felipão para o Mundial.
LESÕES FREQUENTES DE JOGADORES IMPORTANTES DO ELENCO
O primeiro semestre foi recheado de lesões no Fluminense. O time perdeu por algumas partidas jogadores importantes como Fred, Gum, Anderson, Thiago Neves e Deco. Os dois últimos preocupam mais por terem tido problemas seguidos. Enquanto o luso-brasileiro se recuperou mas ainda está afastado por ter sido pego no doping, o camisa 10 tricolor perdeu espaço no Tricolor ao parar por problemas musculares e até mesmo uma bolha no pé durante a pré-temporada do time, em Atibaia.
DOPING DO MEIA DECO E DE ATACANTE REVELAÇÃO DOS JUNIORES
Os problemas extracampo também precisam ser superados pelo Fluminense. O time teve Deco e o atacante Michael suspensos por doping em jogos do Carioca. Os dois casos abalaram o ambiente tricolor, principalmente o do jovem, tido como revelação e pego com cocaína. Já o veterano meia teve sua ausência lamentada por se tratar de jogador essencial para o elenco de Abel Braga. A dupla ainda aguarda julgamento no TJD/RJ (Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro).
SEM CASA FIXA PARA BRASILEIRO, EQUIPE TENTA NÃO REPETIR TROPEÇOS
Sem ter ainda uma casa fixa para o segundo semestre, o Fluminense precisa melhorar seu aproveitamento como mandante. Na Libertadores, o Tricolor tropeçou em três oportunidades: empates com Olímpia-PAR e Huachipato-CHI (0 a 0 e 1 a 1, respectivamente) e uma goleada por 3 a 0 para o Grêmio. A igualdade com o time paraguaio foi a mais dolorosa, já que se tornou decisiva para a eliminação da equipe da competição internacional. Ainda assim, São Januário – local da partida- é o estádio favorito de diretoria e torcida do clube. Já os outros resultados negativos também foram determinantes para que o time de Abel Braga não conseguisse a vantagem de decidir o confronto das quartas de final no Rio de Janeiro.
ATAQUE PRECISA RETOMAR EFICIÊNCIA DA ÚLTIMA TEMPORADA
Se no Brasileiro de 2012 o Fluminense teve o segundo melhor ataque de toda a competição, neste ano o time não conseguiu mostrar a mesma eficiência na Libertadores. A equipe teve apenas o 16º sistema ofensivo mais competente do torneio. Entre os times que chegaram às quartas de final, apenas o Boca Junior não foi melhor: marcou o mesmo número de gols, nove, em idêntico número de jogos, dez. Já o Olímpia, carrasco do elenco de Abel Braga, balançou as redes 23 vezes. Um dos motivos para a má fase é o futebol hesitante de Wellington Nem em 2013 e os problemas físicos de Thiago Neves, Deco e Fred.
Fonte: UOL
