No trabalho de Abel, garotada profissional continua trabalhando forte também na base


O grande objetivo das categorias de base é a formação de atletas profissionais. Contudo, este processo nem sempre é tão simples como pode parecer. Para que o jogador finalmente se estabeleça, em seus últimos anos como júnior ou nos primeiros já integrado ao elenco principal, é fundamental que haja um trabalho conjunto em que ele, neste breve período, passe por uma via de mão dupla. Ou seja, assim como compõe o plantel do profissional, também reforça a equipe de base quando necessário. Pelo menos, é assim que tem acontecido no Fluminense.

A tão elogiada nova safra de jogadores de Xerém tem superado todas as expectativas e vem sendo um dos fatores determinantes nesta excelente fase do Fluminense no Campeonato Brasileiro. Entretanto, apesar do sucesso que os garotos fazem no time de cima, eles não deixam de cumprir certas obrigações na base. Alguns, já completamente integrados, mais para pegar ritmo. Outros, em transição, para continuarem no processo de evolução.

Consciente da importância de um trabalho bem feito com os atletas em fase de formação, o técnico Abel Braga tem um papel fundamental neste processo, que, indiscutivelmente, tem dado muito certo no Fluminense. O treinador mantém contato permanente com os profissionais que trabalham na base, “cede” jogadores e “pega emprestado”. Tudo de acordo com as necessidades do clube.

Integração


No atual momento, enquanto os juniores disputam o Torneio Otávio Pinto Guimarães (OPG), Abel tem aproveitado para dar ritmo a alguns jovens atletas em partidas da competição. E os jogadores descem já sebendo da necessidade de mostrar serviço também na base.

– A integração entre profissional e base é muito boa hoje aqui no Fluminense. Sempre bato um papo com o Marcelo (Veiga, treinador dos juniores), com todo o pessoal de Xerém. Não tem meio termo. Como foi o cara lá? O jogador sabe que tem que chegar lá e jogar o como joga aqui. Porque se ficar de frescurinha no jogo, achar que é o “bam bam bam”, está perdido. Vai ficar uma semana, duas ou três de castigo lá. Tem que saber que é profissional. É importante para o cara pegar ritmo de jogo, poder fazer bem. O trabalho é por aí. A gente não coloca cobrança, eles só tem que correr e ajudar – destacou o treinador tricolor.

A relação de confiança com todos os profissionais da base tem sido um dos pontos positivos do trabalho de Abel Braga. Principalmente pelo fato de não ter a possibilidade de acompanhar o dia a dia da garotada em Xerém. Satisfeito com o bom nível dos atletas que tem recebido, o comandante tricolor fez questão de elogiar o pessoal responsável pela formação técnica deles.

– Eu sei que o trabalho é bem feito porque eles chegam aqui com poucos defeitos. Os defeitos que a gente encontra são naturais da idade. Um pouquinho de ansiedade. Às vezes, um é um pouco mais inibido que o outro. Às vezes, o outro é totalmente descontraído. A gente acompanha o trabalho mais nos jogos mesmo – explicou o técnico.

Ritmo de jogo
Já integrado aos profissionais, o lateral-direito Wallace está vivendo esta experiência. Como o Fluminense não teve jogos no meio de semana recentemente, ele participou de algumas partidas dos juniores no OPG para pegar ritmo de jogo. Para o jovem atleta, este é um processo natural.

– Às vezes, a gente volta mesmo. É bom para ganhar ritmo de jogo. A grande diferença é que nos profissionais o jogo é mais trabalhado, mais técnico, de toque de bola. Nos juniores a partida é mais corrida – concluiu o jogador.

Texto: Tiago Costa (Assessoria de Imprensa – FFC)
Foto: Nelson Perez (Assessoria de Imprensa – FFC)
Fonte: Site Oficial do FFC

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