- O final da carreira é sempre difícil. Importante é conseguir sentir prazer de jogar - eu sinto - e ter o menor número de lesões possíveis. Eu tenho feito um trabalho junto com o Fluminense, hoje o próprio Abel e o Cristiano (preparador físico) tem uma preocupação grande em não ter um desgaste. Faço também um trabalho extra em casa, com uma pessoa que tem me ajudado bastante, que é o Chicão. Para estender um pouco mais este fim de carreira e não ter lesão grave - afirmou o jogador no "Arena" desta terça-feira.
Os problemas na coxa foram constantes desde o retorno do meia ao Brasil. Uma lesão no tendão do músculo adutor da coxa esquerda chegou a tirar Deco de 13 partidas em 2011. A última lesão, um estiramento, tirou o meia das duas partidas contra o Boca Juniors na Libertadores e do início do Campeonato Brasileiro. Sabedor do peso da idade, Deco conta que também faz um trabalho especial de alongamento e pilates para diminuir os riscos e poder render mais em seus últimos passos como profissional.
- Isso ajuda muito (preparação particular). Eu com 20 anos não tinha uma preocupação tão grande. Hoje tenho que fazer um trabalho de alongamento, de pilates, tudo que me ajude um pouco mais. O jogo hoje pesa muito mais no meu corpo do que cinco anos atrás. Não é uma coisa que se tenha que fazer pela idade, mas quando se é mais velho tem que segurar mais, não posso sair como saía, não posso ter a mesma intensidade de treino como tinha, isso é natural. Tudo visando chegar ao jogo e render o melhor.
Eleito o melhor jogador da quinta rodada do Brasileirão no Troféu Armando Nogueira, Deco vê o Fluminense, que está em quinto lugar, com boas chances de título e diz que a equipe tem que sonhar.
E, para conquistar o título, o meia exalta a importância de ter jogadores experientes no elenco, capazes de dar equilíbrio e diminuir as dificuldades.
- Hoje muitos jogadores jovens aparecem, mas talvez falte experiência para se ganhar um campeonato como o Brasileiro, que é longo. Precisa de maturidade e o equilíbrio é grande, gere essa necessidade. Se não tiver um algo a mais pode gerar dificuldades. Não analiso jogadores pela idade. Tem que ser analisado pela forma como se consegue render, jogar em alto nível independe da idade. Um time precisa de experiência, e isso se ganha com o tempo. É impossível ter 20 anos e ter a experiência de quem tem 30 - concluiu.
Por SporTV.com e Luiz Guilherme Freitas
Fonte: Sportv
Foto: Luiz Guilherme Freitas
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