Campeão brasileiro pelo Fluminense, Parreira elogia ataque e pede reforços para a defesa

"O elenco do Fluminense precisa de peça de reposição no mesmo nível". O conselho é de alguém que já esteve algumas vezes à frente do comando técnico do Fluminense. Campeão brasileiro da Série A em 1984 e da Série C em 1999 treinando o clube das Laranjeiras, Carlos Alberto Parreira conhece como poucos as novas tendências do futebol e as características de cada time. E no caso do Flu, o técnico tetracampeão mundial em 1994 pela seleção brasileira reconheceu, na última quarta-feira, durante evento do Sindicato dos Treinadores, na Barra da Tijuca, que o grupo de Abel Braga é bom, mas que tem suas carências. Principalmente na defesa.

Com 51 gols sofridos, a zaga tricolor foi a mais vazada entre os nove primeiros colocados do Campeonato Brasileiro 2011. Para a próxima temporada, o setor é a prioridade da diretoria e o zagueiro Anderson, ex-Atlético-GO, é o primeiro alvo, já que deve assinar contrato ainda nesta quinta-feira. Para Parreira, organizador do Footecon (Fórum para debates sobre futebol), o Fluminense deve tirar o Barcelona como exemplo de elenco que não perde qualidade independentmente de quem esteja em campo. E dentro desta filosofia, a defesa é o que mais exige reforços.

"O elenco do Fluminense precisa de peça de reposição no mesmo nível. No Barcelona, por exemplo, sai o Pedro entra o Villa, ou seja, eles tem sempre titulares absolutos, o time está sempre no mesmo nível. E nesse caso, o Fluminense deve se preocupar com os jogadores de defesa", disse Parreira, elogiando o ataque, que conta com nomes como Fred, Rafael Sobis e Rafael Moura, mas ainda chamando atenção para a zaga e também para o meio-de-campo, que recentemente ganhou o reforço de Wagner.

"Me parece que o setor ofensivo é o mais credenciado, com quatro, cinco bons jogadores... mas o Fluminense precisa ainda de jogadores que deem equilíbrio no meio e na defesa também".

Pedreira da Libertadores

Sobre o grupo do Fluminense na primeira fase da Libertadores 2012, Parreira não hesita ao apontar o maior desafio. Para o técnico, que já comandou seleções como as da Arábia Saudita, Kuwait, África do Sul e, claro, Brasil, a equipe argentina é a grande pedra no caminho pela fase que vive (foi campeã nacional invicta), mas é preciso se preparar também contra as zebras para não repetir o fiasco do Corinthians na Pré-Libertadores 2011.

"O grande adversário do Fluminense nesta primeira fase será o Boca Juniors, pelo bom momento que vive. É o campeão argentino. Mas a Libertadores tem surpresas a toda hora, assim como ocorreu com o Corinthians no ano passado com o Tolima. Tem que ter muito cuidado, sempre".

Fonte: UOL

Postar um comentário

0 Comentários