Fluminense desconfortável na volta ao Engenhão

No dito popular, o bom filho sempre à casa torna. Mas será que todo retorno é bom para o filho? É essa pergunta que se faz o Fluminense, que volta amanhã ao Engenhão após 21 dias, para enfrentar o Ceará. Entre os problemas que impedem uma maior estabilidade do time no Brasileirão, o Tricolor terá de lidar com o fato de voltar a jogar no estádio, do qual o elenco confessou que não gosta.

– Ninguém gosta do Engenhão. O torcedor do Fluminense não gosta, o do Flamengo não gosta, e o do Botafogo gosta pouco. Ele não se adaptou muito ao estádio – disse Marquinho, que preferiria jogar novamente em Volta Redonda, onde o Flu mandou o jogo contra o Palmeiras, no último domingo.O Engenhão é a casa do Flu desde o fechamento do Maracanã para obras, em setembro do ano passado. De lá para cá, o desempenho no João Havelange tem ficado aquém das expectativas, ainda mais se comparado ao do antigo lar.O Fluminense retorna amanhã ao estádio após passar o maior tempo longe desde que começou a utilizá-lo como seu principal palco.

Porém, a volta não foi tão comemorada. Entre as principais críticas ao Engenhão, estão a dificuldade de acesso para os torcedores ao local e a péssima condição do gramado.– Não sei como ficou o gramado após os Jogos Militares. Não é tão bom quanto o de Ipatinga – comentou Abelão, se referindo ao campo da última partida do Flu, contra o Atlético Mineiro, que foi avaliado apenas como regular pelo LANCE.

A diretoria tricolor evitou comentar sobre o Engenhão, mas admitiu que já estuda outras possibilidades para mandar seus jogos.– Estamos analisando o que podemos fazer. Recebemos um convite da prefeitura de Juiz de Fora, é outra possibilidade – contou o vice de futebol do clube, Sandro Lima.Guerreiro Tricolor é obstáculoA diretoria do Fluminense está aberta a novas opções para mandar seus jogos no Campeonato Brasileiro. Mas uma das principais dificuldades para mudar de estádio é o programa de venda de ingressos do clube, Guerreiro Tricolor, que comercializa partidas no Rio de Janeiro.

– Para mudarmos o mando de campo, ficamos presos ao Guerreiro Tricolor. Quem comprou, comprou para jogos no Rio. Precisamos estudar com cuidado esta parte, se podemos oferecer ônibus para levar a torcida, tudo isso – analisou o vice de futebol, Sandro Lima, se referindo à vitória sobre o Palmeiras, em Volta Redonda, quando o clube gastou cerca de R$ 10 mil no aluguel de ônibus para os torcedores.– Todos gostamos muito de Volta Redonda, principalmente pela torcida, que fica mais próxima do campo - declarou o dirigente tricolor.

Fonte: Minuto L

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