Tolerância zero com camisa 1 já é uma marca no Fluminense

SABRINA GRIMBERG - Se a noite desta última quinta-feira serviu para Ricardo Berna extravasar toda a sua insatisfação com a torcida tricolor em tom de desabafo, o dia seguinte ao jogo foi para refletir. O goleiro optou pelo silêncio e apenas curtiu a folga de sexta-feira na companhia da mulher, Aline, e da filha Manuela, de dois meses. A indignação do goleiro na saída do gramado do Engenhão após a vitória por 3 a 1 sobre o Libertad provocou polêmica nas Laranjeiras.
"Aqui no Fluminense parece que o goleiro não pode tomar gol, né? Quem não acredita que esse time pode ser campeão, do jeito que está, contrata uma empreiteira para montar um muro ali na frente do gol", disparou Berna, momentos depois de mandar uma "banana" para os torcedores..


Através da assessoria do Fluminense, o atleta justificou o gesto como uma demonstração de garra. O vice-presidente da organizada Young Flu, Flávio Frajola, não viu o lance em vídeo para tirar suas conclusões, mas reprovou o desabafo do goleiro.
"Ele passou dos limites. Não tinha necessidade daquilo tudo, até porque, para mim, ele falhou. Mas o Berna tem crédito. Entendo o calor no momento do jogo, ele estava se sentindo pressionado e com certeza foi uma atitude impensada", afirmou Frajola.

Apesar da atitude do jogador, o torcedor acredita que os tricolores não vão pegar no pé de Berna nos próximos jogos. "A torcida até gritou o nome dele no fim do jogo. Não é para fazer essa tempestade toda. A Libertadores é o único campeonato que estamos disputando, e é preciso que todos estejam juntos nesse momento", completou o representante da organizada.
O preparador de goleiros do Fluminense, Victor Hugo, saiu em defesa de Berna. "O jogador (do Libertad) já apareceu sozinho no lance. Costumo falar para eles (goleiros) que não são bombeiros, são goleiros. Não foi falha técnica, foi uma reação até positiva por parte dele, de tentar chegar em uma bola que não era dele, mas no fim as pessoas reconheceram e ele fez uma defesa importante, que nos deixou em uma posição confortável", lembrou o preparador à Rádio Brasil.

Fonte: Terra

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