Apelidos não faltam para um goleiro, quando tem atuação destacada. Paredão, muralha. Tropa de Elite também cairia bem para Fernando Henrique, certo? Brincadeiras a parte, o colete preto não tem nada a ver com o utilizado pela polícia. Implementado por Victor Hugo, o novo equipamento é fruto de muita pesquisa do preparador de goleiros do Fluminense e inovador no futebol brasileiro.
"Sempre tenho a preocupação de estudar, pesquisar novidades para aprimorar o trabalho que desenvolvo com os goleiros, nesses 24 anos de carreira. Já tinha ouvido falar nesse colete, atualmente muito comum no futebol mexicano e, como trabalhei no país, busquei informações com um amigo que ainda está lá para avaliar a eficácia. Ele filmou o desempenho dos goleiros, pude constatar a evolução e por isso resolvi implementar aqui no clube".
O colete já está dando o que falar no Fluminense. Nesta segunda-feira mesmo, vários integrantes da comissão técnica tricolor assistiram o jogo do Brasil juntos e brincaram com Victor logo após ao primeiro gol da Seleção, dizendo que se o goleiro chileno estivesse de colete teria pego a bola cabeceada por Juan.
O equipamento contém um peso que deve ter no máximo o equivalente a 10% do peso corporal do atleta. Sendo assim, o utilizado no Fluminense comporta até nove quilos. O equipamento começou a ser utilizado pelos cinco goleiros do elenco na última terça-feira, com a carga de quatro quilos, nos treinos de saltos e saídas de gol, para aprimorar a força e impulsão. Rafael admite que no início sofreu com a novidade, mas depois do segundo treino já passou a gostar do resultado.
"É bem pesado, mas dá para sentir que é um belo trabalho, fazemos bem mais força e isso ajuda muito para readquirir a nossa prática mais rápido. O Victor é um excelente profissional, sabe o que está fazendo e com certeza isso vai nos ajudar. Quando tiramos o colete nos sentimos muito leves, damos um pulo e vamos bem mais alto. Só temos a agradecer mesmo por essa novidade", aprovou Rafael.
Victor destaca que o colete só é utilizado nos treinamentos de impulsão vertical e não nos de queda. O objetivo é ter até10% a mais de impulsão no salto, um número altíssimo. A partir desta terça-feira, o preparador vai começar a trabalhar também situações de jogo, com base nas análises feitas nas suas filmagens do posicionamento de Rafael e Fernando Henrique nas últimas rodadas do Brasileiro, antes da parada para a Copa do Mundo. Victor também filma os treinamentos para mostrar aos seus comandados a evolução do trabalho na prática.
"Já tenho o hábito de mostrar o desempenho deles nos jogos com as minhas filmagens e agora vamos começar a trabalhar situações de jogo com base no que vimos nos vídeos. Também estou filmando os treinamentos deles para vermos juntos a evolução e o que ainda precisa ser melhorado", concluiu.
Assessoria de imprensa.
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