O gladiador Tricolor

'Quebra-galho', FH declara amor: ‘Faço de tudo para o Flu não ser rebaixado’


Reserva de Rafael durante todo o 2º turno, goleiro fez o papel de auxiliar técnico, médico e até segurança no triunfo contra o Cerro Porteño.



Psicólogo, auxiliar técnico, médico e até segurança. Nos últimos tempos, o papel que Fernando Henrique menos tem exercido no Fluminense é o de goleiro. Durante todo o segundo turno do Brasileirão, ele entrou em campo apenas uma vez, na vitória sobre o Cruzeiro, mas nem por isso deixou de ser peça fundamental na arrancada que levou o Tricolor à decisão da Copa Sul-Americana e trouxe de volta a esperança na luta contra o rebaixamento.

Contra o Cerro Porteño, pela semifinal da disputa continental, por sinal, FH fez de tudo. Após a expulsão do preparador físico Ronaldo Torres, ele se tornou o responsável por transmitir as informações passadas por rádio pelos auxiliares Eudes Pedro e Cuquinha a Cuca. Em seguida, ajudou a fechar ferida de Gum enquanto os médicos atendiam Digão. E, por fim, se tornou um gladiador na briga generalizada que tomou conta do Maracanã.

- Violência não está com nada. Apenas fui defender um companheiro. Não posso deixar uma pessoa que considero irmão, como o Diguinho, ser covardemente atacada. Não sou de briga, mas fiz o meu papel. Não me arrependo. Não podia deixar o Diguinho apanhar, é ele quem me dá o bicho, não o cara lá (risos). Tenho que proteger meus meninos – justificou o goleiro.

As múltiplas funções não deixam Fernando Henrique nem um pouco incomodado. Há mais de dez anos nas Laranjeiras, o jogador garante que não poupará esforços para ajudar o Tricolor.

- Fiquei feliz por ter ajudado, até mesmo quando o Gum machucou. Isso não é demérito. A humildade é a grande virtude do homem. Vou fazer de tudo para o Fluminense não ser rebaixado - afirmou.

Tanto amor, entretanto, não suporta uma temporada quase que inteira no banco de reservas. Apesar de ter contrato com o clube até o fim de 2010, o goleiro já adota um discurso de despedida ao término deste ano:

- Até o fim do ano quero deixar bem claro que o Rafael está salvando em vários jogos, depois não sei se vou ficar ou vou embora. Espero ser feliz. Todo jogador é feliz jogando. O Rafael está bem, e, se for bom para mim e para o clube, vou sair e buscar novos horizontes. Mas só vou pensar nisso depois do dia 6 de dezembro. Tenho condição de atuar, se não for aqui, vai ser em outro lugar.

Ao exercer o papel de “segurança” dos companheiros contra o Cerro Porteño, FH determinou também sua ausência na primeira partida da decisão da Copa Sul-Americana, contra a LDU. Ele foi expulso pelo árbitro chileno Carlos Chandia e cumprirá suspensão automática.

transcrito do site: http://globoesporte.globo.com

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